Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://revistasep.org.br/index.php/SEP <p>A Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) foi criada em junho de 1996, durante a realização do I Encontro Nacional de Economia Clássica e Política, na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ). A SEP tem por objetivo primordial garantir um espaço ampliado de discussão a todas as correntes teóricas e áreas de trabalho que entendam a economia como uma ciência inescapavelmente social e que, por isso, tenham na crítica ao <em>mainstream</em> seu elemento comum.</p> <p>A Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política tem publicado e continuará publicando artigos científicos de diversas tendências teóricas – inspiradas sejam em Karl Marx, Rosa Luxemburgo, John Maynard Keynes, Joseph Schumpeter, Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares entre outros e outras – desde que mantenham atitude crítica em relação ao capitalismo ou oposição teórica às correntes ortodoxas, liberais ou neoliberais. Ademais, faz opção clara por artigos que não privilegiam a linguagem da matemática e que não tratam a sociedade como mera natureza.</p> <p><span style="font-size: 10px;">O ISSN da Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política é 1415-1979.</span></p> pt-BR revista@sep.org.br (Comitê Editorial) revista@sep.org.br (Comitê Editorial) Sun, 07 Apr 2024 11:50:52 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Os primeiros escritos de Rosa Luxemburgo sobre a questão polonesa https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1085 <p><span style="font-weight: 400;">Rosa Luxemburgo foi uma importante economista do começo do século XX. No entanto, suas obras seguem sendo marcadas pelos rótulos de “espontaneísmo” e “economicismo”. Historicamente tais rótulos têm restringido a recepção da sua obra e acabam por privilegiar certos aspectos da obra de RL e secundarizar outros. Um ramo que foi particularmente afetado por essa “afinidade seletiva” foi sua abordagem sobre a história econômica da Polônia, seu país de origem. O presente trabalho tem como objetivo analisar a interpretação de Luxemburgo sobre o aspecto econômico da “questão polonesa” ao final do século XIX. O artigo está organizado em cinco seções: uma pequena introdução; “a nação polonesa”, em que se analisam as ideias de Marx e Engels sobre a questão polonesa; comentários sobre as formulações de Luxemburgo e a conclusão. Conclui-se que a interpretação desenvolvida por Luxemburgo acerca da questão polonesa nesse período, ainda que marcada pelo economicismo e parcialmente equivocada quando comparada a elementos empíricos, apresenta um importante núcleo teórico que a autora desenvolverá em escritos posteriores, como, por exemplo, em seu livro “A Acumulação de Capital”.</span></p> Antonio Mota Filho Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1085 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 Troca desigual, deterioração dos termos de troca e superexploração: https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1046 <p>No artigo discutimos a questão da troca desigual na obra Dialética da<br />Dependência de Ruy Mauro Marini a partir da constatação de que ainda<br />se trata de uma categoria de difícil manejo no âmbito da teoria marxista<br />da dependência no século XXI. Na revisão da literatura contemporânea,<br />mostramos que existe uma confusão a respeito da diferenciação entre<br />troca desigual e deterioração dos termos de troca e do papel da superexploração<br />da força de trabalho nesta relação. Nossa contribuição foi alertar<br />que a superexploração da força de trabalho não é apenas um mecanismo<br />de compensação da troca desigual, mas também um mecanismo causal da<br />deterioração dos termos de troca. Para desenvolver esse ponto, sugerimos<br />que o método de pesquisa operado por Marini envolve a estratificação da<br />realidade em domínios diversos.</p> Leonardo Leite, Mattheus Alves Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1046 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 O golpe de 1964 como marco no pensamento de Celso Furtado: https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1064 <p>O objetivo deste artigo é analisar o impacto da experiência do golpe militar<br />de 1964 na trajetória intelectual de Celso Furtado e em suas interpretações<br />sobre a economia brasileira e latino-americana. Os diários e<br />a correspondência intelectual de Furtado são destacados no artigo, visando<br />retraçar seu esforço de reconstrução intelectual no exílio e suas<br />interações com outros intelectuais. O artigo discute inicialmente a relação<br />entre teoria e ação prática no pensamento de Furtado e revisita seus<br />escritos pessoais para reconstituir a reformulação conceitual iniciada em<br />abril de 1964. Em seguida, procurando identificar as modificações de seu<br />pensamento, destaca suas análises do processo de substituição de importações<br />e seus limites para a superação do subdesenvolvimento, do papel<br />dos grupos sociais nas disputas econômicas e as possibilidades de ação<br />política, bem como seu exame dos condicionantes externos para o desenvolvimento<br />no contexto da Guerra Fria.</p> Roberto Pereira Silva, Renata Bianconi Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1064 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 A centralidade tecno-científica na configuração da economia socialista: https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1077 <p>Este trabalho visa estabelecer uma articulação entre os pensamentos<br />de Oskar Lange e Che Guevara situados na discussão sobre o Cálculo<br />Econômico Socialista, e os potenciais instrumentais técnicos para sua<br />viabilidade como: a gestão administrativa das empresas e a incorporação<br />da tecnologia nas bases produtivas. Para isso, em um primeiro momento<br />expõem-se as formulações de Lange a respeito do sistema de formação<br />de preços e a importância dos aparatos eletrônicos na organização da<br />informação. Na segunda seção, apresentam-se as contribuições teóricas<br />de Guevara, bem como alguns de seus projetos no campo tecnocientífico<br />cubano. Por fim, busca-se tecer um diálogo entre os autores, cuja centralidade<br />converge para a relevância da técnica na configuração de uma<br />economia socialista. Espera-se, assim, suprir uma lacuna no campo das<br />revisões teóricas desses autores.</p> Gina Viviane Mardones Loncomilla Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1077 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 Dissolução dos laços sociais mediados pelo valor: https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1086 <p>O artigo sustenta que a contradição fundamental da sociedade do capital,<br />constitutiva da forma mercadoria, produz a tendência ao desaparecimento<br />do médium social (valor), que é o laço social objetivado, entre as<br />singularidades humanas e o gênero humano, e que é específico dessa sociedade.<br />Sugere que a partir do final do século XX até o presente momento,<br />esta tendência se apresenta com toda sua força destrutiva, apontando<br />para o fim do padrão civilizacional que a lógica do capital permitiu a<br />partir do final do século XIX – instaurando no presente a reprodução do<br />capital com produção ampliada da barbárie e indicando um quadro de<br />colapso societário.</p> Paulo Henrique Furtado de Araujo Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1086 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 Capitalismo e pulsão de morte https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1116 <p>Este escrito, que tem um caráter experimental, busca compreender como<br />os avatares da sociabilidade do capital – da relação de capital – se instalam<br />na subjetividade dos indivíduos sociais, fazendo com que eles se<br />tornem, grosso modo, homo oeconomicus, mas também “negação determinada”<br />possível dessa condição existencial.<br /><br /></p> Eleutério F S Prado Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1116 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 Para uma anatomia da crise: ensaio sobre a crise do desenvolvimento no capitalismo e a reversão estrutural brasileira. https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1114 <p>Resenha: Para uma anatomia da crise: ensaio sobre a crise do desenvolvimento no capitalismo e a reversão estrutural brasileira.</p> Artur Monte-Cardoso Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1114 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300 Apresentação https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1124 <p>Apresentação do número 68</p> Comitê Editorial Copyright (c) 2024 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/view/1124 Sun, 07 Apr 2024 00:00:00 -0300