Taxa de Juros e equilíbrio fiscal inconsistente:

notas a partir de um modelo de economia fechada

Autores

  • Ricardo L. C. Amorim

DOI:

https://doi.org/10.69585/2595-6892.2025.1161

Palavras-chave:

governo, gasto público, taxa de juros, equilíbrio fiscal, crescimento

Resumo

O aumento da taxa de juros é visto por diversos acadêmicos e analistas
financeiros como um remédio amargo, mas necessário ao enfrentamento
de certos problemas em uma economia. Este trabalho problematiza esse
juízo, chamando a atenção para a complexa relação existente entre taxa
de juros paga pelo governo, equilíbrio fiscal e crescimento econômico.
Para isso, a partir de identidades das contas nacionais, constrói um modelo
de economia fechada, onde explicita que elevar a taxa de juros exige,
para manter o equilíbrio fiscal, não a redução de gastos públicos, mas
um maior volume de investimento. A contribuição do artigo é propor
uma condição de equilíbrio, partindo da simplicidade das equações e da
representação gráfica da conclusão.

Referências

ALDRED, Jonathan. The skeptical economist: revealing the ethics inside economics. London ; Sterling, VA:

Earthscan, 2009.

ARANTES, Flávio; LOPREATO, Francisco Luiz. O novo consenso em macroeconomia no Brasil: a

política fiscal do Plano Real ao segundo Governo Lula. Revista de Economia Contemporânea, [s. l.],

v. 21, n. 3, 2018.

BIANCHI, Francesco; MELOSI, Leonardo. The dire effects of the lack of monetary and fiscal

coordination. Journal of Monetary Economics, [s. l.], v. 104, p. 1–22, 2019.

BLANCHARD, Olivier. Public Debt and Low Interest Rates. American Economic Review, [s. l.], v. 109,

n. 4, p. 1197–1229, 2019.

CARLIN, Wendy; SOSKICE, David W. Macroeconomics: institutions, instability, and the financial system.

Oxford: Oxford Univ. Press, 2015.

EAGLETON-PIERCE, Matthew. Neoliberalism: the key concepts. New York, NY: Routledge, Taylor &

Francis Group, 2016. (Routledge key guides).

FEIJÓ, Carmem; ARAÚJO, Eliane Cristina; BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Política monetária no

Brasil em tempos de pandemia. Brazilian Journal of Political Economy, [s. l.], v. 42, n. 1, p. 150–171, 2022.

HICKS, John. O Sr. Keynes e os “clássicos”: uma sugestão de interpretação. In: IPEA/INPES (org.).

Clássicos da literatura econômica. 3. ed. Rio de Janeiro: IPEA, 2010. p. 456.

KELTON, Stephanie. The deficit myth: modern monetary theory and the birth of the people’s economy.

First editioned. New York: PublicAffairs, 2020.

MASON, J. W.; JAYADEV, Arjun. A comparison of monetary and fiscal policy interaction under

‘sound’ and ‘functional’ finance regimes. Metroeconomica, [s. l.], v. 69, n. 2, p. 488–508, 2018.

RESENDE, André Lara. Consenso e contrassenso: por uma economia não dogmática. São Paulo, SP:

Portfolio Penguin, 2020.

RESENDE, Marco Flávio Da Cunha; TERRA, Fábio Henrique Bittes; FERRARI FILHO, Fernando.

Conventions, Money Creation and Public Debt to Face the Covid-19 Crisis and its Aftermath: A

Post-Keynesian View. Brazilian Journal of Political Economy, [s. l.], v. 41, n. 2, p. 254–270, 2021.

SCOTTI, Bruno Geremias. Avaliando os impactos da política fiscal sobre o investimento privado no Brasil

através de um modelo DSGE estimado. 2021. 58 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências

Econômicas/UFRGS, Porto Alegre, 2021.

SUMMERS, Lawrence; FURMAN, Jason. A Reconsideration of Fiscal Policy in the Era of Low Interest

Rates. Washington, D.C., 30 nov. 2020. Working Paper. Disponível em: https://www.brookings.

edu/wp-content/uploads/2020/11/furman-summers-fiscal-reconsideration-discussion-draft.pdf.

Acesso em: 8 maio 2023.

TEIXEIRA, Anderson Mutter; MISSIO, Fabrício José. O “novo” consenso macroeconômico e alguns

insights da crítica heterodoxa. Economia e Sociedade, [s. l.], v. 20, n. 2, p. 273–297, 2011.

VARGAS, Neide César. Finanças públicas e evolução recente da noção de disciplina fiscal. Economia

e Sociedade, [s. l.], v. 21, n. 3, p. 643–666, 2012.

Downloads

Publicado

26.12.2025