Uma Sugestão de explicação ontológica para o caráter normativo da racionalidade neoclássica

Autores

  • André Guimarães Augusto Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia/Professor Associado

Palavras-chave:

Ontologia, racionalidade, Lukács

Resumo

O objetivo desse artigo é explorar as raízes do caráter normativo do conceito de racionalidade. Embora o conceito de racionalidade da economia neoclássica seja visto muitas vezes como uma descrição do comportamento humano ou apenas como um instrumento teórico neutro, diversos autores – como Bhaskar, Hausmann e Rosenberg – apontam seu caráter normativo. O ponto de partida é a rejeição da tradicional dicotomia entre fatos e valores e da impossibilidade de que valores possam ser inferidos de fatos.  Com base na ontologia do marxista húngaro Gyorg Lukacs é argumentado que é possível derivar apenas de pressupostos ontológicos o dever de um valor que por sua vez é derivado de uma necessidade decorrente da estrutura da sociedade. Esse argumento ontológico é aplicado na parte final do artigo à natureza normativa da racionalidade neoclássica. O argumento principal é de que a racionalidade neoclássica  expressa o dever ser do comportamento adaptado à necessidade de reprodução do capitalismo ao afirmar a eficiência como um valor.

Biografia do Autor

André Guimarães Augusto, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia/Professor Associado

Doutorado em Economia da Industria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2002. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal Fluminense. Publicou artigos em periódicos especializados e trabalhos em anais de eventos. Atua na área de Economia, com ênfase em Economia Política. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Marx, desemprego, ontologia, abstração, contradição, hegemonia, método, totalidade, Abordagem da Regulação e crítica.

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Publicado

25.10.2014