Dívida interna (1994-2004):
preferência pela liquidez e estabilização via poupança externa
Palavras-chave:
Vulnerabilidade externa, Preferência pela liquidez, Dívida internaResumo
O mecanismo de esterilização do impacto monetário da entrada de recursos externos impulsionou o crescimento desproporcional da dívida interna, nos primeiros anos de execução do Plano Real. A emissão de títulos de curto prazo, sob altas taxas de juros, fora resultado, ao mesmo tempo, do modelo de estabilização empregado (daí o papel das operações de esterilização) e do atendimento à demanda dos agentes do mercado de títulos públicos. A captação de poupança externa e a histórica característica de elevada preferência pela liquidez do mercado brasileiro de títulos públicos moldaram a estrutura da dívida interna, dentro da nova realidade de uma economia sob desinflação. O ônus desse processo foi nada mais do que o represamento da poupança pública, face ao crescimento, a cada ano, das despesas com juros reais.
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