Desenvolvimento como ausência de liberdade: Marx contra Sen

Autores

  • João Leonardo Medeiros Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia
  • Bianca Imbiriba Bonente Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia

Palavras-chave:

Marx, Sen, liberdade, capitalismo, emancipação

Resumo

O artigo consiste numa crítica à noção de desenvolvimento como liberdade de Amartya Sen, sustentada, no plano teórico, por elementos centrais da teoria do valor de Marx. As duas posições são, por conseguinte, apresentadas sinteticamente e contrastadas. Ao recuperar os elementos principais da teoria do valor de Marx, reconstitui-se também a forma como o autor demonstra que, na época atual, o desenvolvimento social é o desenvolvimento do capital e, portanto, das relações sociais por ele pressupostas e postas. O nexo entre o desenvolvimento do capital, de um lado, e os fenômenos da exploração e do estranhamento, de outro, permitem sua caracterização como um processo em que as condições para a liberdade humana são conquistadas pela restrição progressiva da liberdade da maior parte dos indivíduos singulares. Daí a conclusão de que, na verdade, o desenvolvimento é, nas condições atuais, ausência de liberdade.

Biografia do Autor

João Leonardo Medeiros, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia

Professor do departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense desde 2006 e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Marx e o Marxismo da UFF

Bianca Imbiriba Bonente, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Economia

Professora do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense e pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Marx e o Marxismo

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Publicado

10.01.2017