Elementos para uma crítica da teoria neoclássica da discriminação
Palavras-chave:
Discriminação, Pensamento neoclássico, Metodologia da economiaResumo
O domínio que exerce atualmente o pensamento neoclássico nas análises do mercado de trabalho é ilustrado neste artigo por meio de um resgate crítico da evolução da abordagem ortodoxa do fenômeno das desigualdades raciais. A contribuição de prêmios Nobel, como G. Becker, E. Phelps e K. Arrow, denota o crescente envolvimento dos economistas neoclássicos com o tema, a partir dos anos 1960. No entanto, há grande divergência entre os próprios neoclássicos com relação ao instrumental teórico mais adequado para explicar a origem e a manutenção das desigualdades raciais no mercado de trabalho. Além disso, inúmeras são as dificuldades de ordem lógica inerentes às leituras neoclássicas do fenômeno. O que coloca a questão da pertinência das orientações de políticas públicas que delas derivam, especialmente em um país como o Brasil, onde a dominância neoclássica no campo dos estudos raciais está estabelecida há mais de duas décadas. Neste sentido, compreende-se melhor o foco em fatores extra-mercado que têm caracterizado o debate acadêmico e político sobre o problema racial no país.
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Copyright (c) 2009 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política
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