Concertação global do capital transnacional e o novo imperialismo:

um olhar sobre as geoestratégias ambientais na virada do milênio

Authors

  • Laís Benevenuto de Azevedo
  • Marisa Silva Amaral 34992620772

Keywords:

Amazônia, imperialismo, conservacionismo, financeirização, geoestratégias ambientais

Abstract

In the wake of the transformations triggered by the processes of financialization and globalization of capital — developments that gained momentum especially from the last quarter of the 20th century onward — and the structuring of what we refer to here as the global concertation of transnational capital, we seek to shed light on two movements that unfold from this broader scenario and pertain to the capture of surpluses based on accumulation by dispossession: (i) the pursuit of resource conservation as biological reserves of future value; and (ii) the intensification and expansion of land exploitation, natural resources, and consequently, labor. In the first case, we highlight the role of major international conservationist NGOs tied to imperialist interests and the proliferation of multilateral environmental preservation agreements, with their direct implications for national economies. In the second, what stands out ranges from the productivity gains of the so-called Green Revolution beginning in the 1970s to the reorganization of dependent economies toward primary-export specialization, in the neo-extractivist wave that gains strength from the 2000s onward. In both lines of analysis, our focus is built upon a study related to the insertion — or instrumentalization— of the Brazilian Amazon within the described dynamics.

References

BARRETO, Pedro. Rio-92: mundo desperta para o meio ambiente. Desafios do Desenvolvimento.

Brasília: Ipea, v. 56, n. 7, p. 82-83, 2009. https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_con

tent&view=article&id=2306:edicao-no-56&catid=1&Itemid=5

BRASIL. Decreto Legislativo n.º 2, de 4 de fevereiro de 1994. Aprova o texto da Convenção sobre

Diversidade Biológica, assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente

e Desenvolvimento realizada na cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de junho de 1992.

Convenção Sobre Diversidade Biológica – CDB. 25 ed. Brasília, 4 fev., 1994. https://antigo.mma.gov.

br/component/k2/item/7513-convencao-sobre-diversidade-biologica-cdb.html

BRASIL. Lei n.} 12.651, de 25 de maio de 2012: Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera

as Leis n.ºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de

dezembro de 2006; revoga as Leis n.ºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril

de 1989, e a Medida Provisória n.º 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

Brasília, Distrito Federal, 25 mai., 2012. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/

lei/l12651.htm

CAMELY, Nazira. Imperialismo, ambientalismo e ONGs na Amazônia. 1 ed. Rio de Janeiro:

Consequência, 2018.

DELGADO, Guilherme Costa. Questão Agrária no Brasil:1950-2003. In: JACCOUD, Luciana (org.).

Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. 1. ed. Brasília: Ipea, v. 1, p. 51-90, 2005.

DELGADO, Guilherme Costa. Do capital financeiro na agricultura à economia do agronegócio: mudanças

cíclicas em meio século (1965-2012). 1 ed. Porto Alegre: UFRGS Editora, 2012.

GILL, Stephen; LAW, David. Global Hegemony and the Structural Power of Capital. International

Studies Quarterly, v. 33, n. 4, p. 475-499, 1989. https://doi.org/10.2307/2600523

GOWAN, Peter. A Roleta Global. Tradução de Regina Bhering. Rio de Janeiro: Editora Record, 2003.

HARVEY, David. O Novo Imperialismo. Tradução de Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. 2 ed. São

Paulo: Edições Loyola, 2004.

LEAL, Aluízio Lins. Uma sinopse histórica da Amazônia. In: TRINDADE, José R.; MARQUES, Gilberto

(Org.). Revista de Estudos Paraenses, Edição Especial. Belém: Idesp, 2010.

MALHEIRO, Bruno; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter; MICHELOTTI, Fernando. Horizontes

Amazônicos: para repensar o Brasil e o mundo. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular; Fundação Rosa

Luxemburgo, 2021. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2020v30n60p74-98

MARINI, Ruy Mauro. Dialéctica de la Dependencia. 5 ed. México: Era, 1981.

MARQUES, Gilberto. Amazônia: Riqueza, Degradação e Saque. 1 ed. São Paulo: Expressão

Popular, 2019.

MATERIAL FLOWS. Global trends of material use, 2024. https://www.materialflows.net/globaltrends-

of-material-use/

MATERIAL FLOWS. Material stocks: destination and source of raw materials. Destination and source

of raw materials, 2024. https://www.materialflows.net/material-stocks/Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Convenção sobre Diversidade Biológica, 2024. https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade-e-ecossistemas/convencao-sobre-diversidade-biologica

MOREIRA, Gilvander. Marco temporal: terra para os povos indígenas ou para o agronegócio

devastador? Brasil de Fato, set., 2021. https://www.brasildefato.com.br/colunista/frei-gilvander-moreira/2021/09/01/marco-temporal-terra-para-os-povos-indigenas-ou-para-o-agronegocio-devastador/

MURER, Beatriz Moraes; FUTADA, Silvia de Melo. Instituto Socioambiental. Unidades de

Conservação no Brasil: painel de dados. Painel de Dados. 2024. https://uc.socioambiental.org/pt-br/

paineldedados#ambiente

PAULANI, Leda Maria. A Inserção da Economia Brasileira no Cenário Mundial: uma reflexão sobre

a situação atual à luz da história. Ipea - Boletim de Economia e Política Internacional, [s. l], v. 10, n. 10,

p. 89-103, abr., 2012.

PINTO, Luís Fernando Guedes et al. Quem são ospoucos donos das terras agrícolas no Brasil: o

mapa da desigualdade. Sustentabilidade em Debate, n. 10. Piracicaba: Imaflora, 2020.

POMPEIA, Caio. Formação Política do Agronegócio. 2018. Tese de Doutorado em Antropologia Social,

Unicamp. Campinas, 2018.

POMPEIA, Caio. Concertação e Poder: o agronegócio como fenômeno político no Brasil. Revista

Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 35, n. 104, p. 1-17, 2020. https://doi.org/10.1590/3510410/2020

SAUER, Sérgio; OLIVEIRA, Karla R. A. Extractivismo agrario en el Cerrado brasileño. In: Extractivismo

agrario en América Latina. São Paulo: Clacso, 2022.

SUPERTI, Eliane; PORTO, Jadson Luís Rebelo; MARTINS, Carmentilla das Chagas. Políticas Públicas

de Integração Física da Amazônia e a Fronteira Internacional do Amapá. Anais do I Circuito de Debates

Acadêmicos, Ipea, 2011.

SVAMPA, Maristella. Las fronteras del neoextractivismo en América Latina: conflictos socioambientales,

giro ecoterritorial y nuevas dependencias. Guadalajara: Calas, 2019.

USAID. Biodiversity Conservation: A Guide For Usaid Staff And Partners, 2005. http://pdf.usaid.gov/

df_docs/PNAE258.pdf/

UNEP IRP. Global Material Flows Database. 2024. https://unep-irp.fineprint.global/mfa?perPage=10&

orderBy=countryName&orderDir=asc

VERÍSSIMO, A. et al. Áreas Protegidas na Amazônia Brasileira: avanços e desafios. Belém/São Paulo:

Imazon e ISA, 2011.

WWF. Programa Arpa: conheça o arpa. Conheça o Arpa, 2015. https://www.wwf.org.

br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/nossas_solucoes_na_amazonia/

areas_protegidas_na_amazonia/arpa/

Published

2025-09-05