Exploração capitalista de força social de trabalho heterogênea

Autores/as

  • Luiz A. M. Macedo Universidade Estadual de Montes Claros (Departamento de Economia e Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social).

Resumen

Este artigo propõe uma extensão de abordagens da economia política clássica (Smith, Ricardo e Sraffa) e de Marx sobre distribuição de renda, no que concerne à desigualdade entre salários e rendimentos de propriedade (particularmente lucros de capital), em associação com a relação entre “trabalho necessário” e “trabalho excedente”, que Marx chamou de “exploração”. A relação entre salários e lucros é aqui associada com outra caracterização marxiana da exploração, na forma capitalista, como relação entre “trabalho pago” e “trabalho não pago”; porém estes conceitos são redefinidos por meio do poder de compra dos salários e lucros agregados sobre “fatias” do PNL – Produto Nacional Líquido (anual). Uma vez que este PNL requer para sua produção o “trabalho anual da sociedade”, os rendimentos de propriedade (como poder de compra sobre o PNL) implicam a apropriação de uma parte desse trabalho social anual sem contrapartida de trabalho por parte dos próprios apropriadores, o que configura “exploração” (como definida no artigo). Define-se uma medida (“grau”) de exploração associada a uma dada distribuição da renda nacional entre trabalho e propriedade. Toda essa formulação é generalizada a fim de incorporar forças de trabalho heterogêneas (não-qualificadas e qualificadas)

Publicado

2013-10-01