O Estruturalismo e a Economia Institucionalista Original (EIO):
uma aproximação teórica e as possibilidades de conciliação entre as abordagens de Celso Furtado e Thorstein Veblen
Abstract
a proposta do texto é discutir a aproximação teórica entre duas notórias teorias econômicas com vasta amplitude de aplicação quando o objeto de estudo são as economias periféricas: o estruturalismo latino americano e o institucionalismo original. Além do mais, o texto busca uma aproximação conceitual entre as abordagens de T. Veblen e C. Furtado, expoentes dentre as teorias foco deste estudo. Argumenta-se que existe uma convergência teórica considerável, que permite avanços no entendimento do desenvolvimento das nações de industrialização retardatária.
References
CYPHER (2014), J. M. The Origins of Developmentalist Theory, International Journal of Political Economy, 43:4, 15-32, DOI: 10.1080/08911916.2014.1002700.
CYPHER, J. M. On the Income Gap Between Nations: Was Veblen the First Development Economist? Journal of Economic Issues, 43:2, 361-370, 2009.
GAMBUS, I; ALMEIDA, F. (2018) Three Decades After James Street’s “The Institutionalist Theory of Economic Development”: What Does Institutional Approach to Economic Development Mean Today? Journal of Economic Issues, vol. 52, n. 2, p. 455-463
FINDLAY, R. Relative Backwardness, Direct Foreign Investment, and the Transfer of Technology: A Simple Dynamic Model. The Quarterly Journal of Economics, volume 92, Issue 1, February 1978, p. 1-16.
FURTADO, C. Criatividade e dependência na civilização industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FURTADO, C. Development and Underdevelopment. Berkeley: University of California Press, 2021, p. 77-114.
FURTADO, C. 1961. Development and Underdevelopment: A Structuralist View of the Problems of Developed & Underdeveloped Countries. Berkeley: University of California Press. Translation by R. Aguiar and E. Drysdale of chapters 1-5 of C. Furtado, 1961a.
FURTADO, C. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1961.
FURTADO, C. Introdução ao desenvolvimento: enfoque histórico-estrutural. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra. 2000.
FURTADO, C. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura. 1964.
FURTADO, C. (2002). Metamorfoses do capitalismo. Disponível em: http://www.redcelsofurtado.edu.
mx/archivosPDF/furtado1.pdf. Acesso em: 18 de jun. de 2014.
FURTADO, C. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
FURTADO, C. Entre o inconformismo e reformismo, Revista de Economia Política. vol. 9, n. 4, outubro/dezembro de 1989.
FURTADO, C. Estado e empresas transnacionais na industrialização periférica, Revista de Economia Política, vol. 1, n. 1, janeiro-março, 1981.
FURTADO, C. [1959]. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1998.
FURTADO, C. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967.
FURTADO, C. Um projeto para o Brasil. 5. ed. Rio de Janeiro: Saga, 1969.
HODGSON. G. M. Institucional economics: surveying the “old” and the “new”, Metroeconomica, Oxford [s. l.], v. 44, n. 1, p. 1-28, 1993.
HODGSON. Instinct and Habit before Reason: Comparing the Views of John Dewey, Friedrich Hayek and Thorstein Veblen. Advances in Austrian Economics, 206 (9), 2005 p. 109-143
HODGSON. G. M. Choice, Habit and Evolution, Journal of Evolutionary Economics, 20(1), January 2010, p. 1-18
HODGSON, G.M. Institutions and individuals: interaction and evolution, Organization Studies, Thousand Oaks (USA), v. 28, n. 1, p. 95-116, 2007.
HODGSON, G. M. An Evolutionary Theory of Long-Term Economic Growth, International Studies Quarterly, v. 40, n. 3, Special Issue: Evolutionary Paradigms in the Social Sciences, sep., 1996, p. 391-410.
MACARIO, S. P. El institucionalismo como crítica de la teoría económica clássica, El Trimestre Económico, Fondo de Cultura Económica, México, 1952a, p. 73-112
MACARIO, S. P. Teoría positiva del institucionalismo (primera parte). El Trimestre Económico, 19(2). Fondo de Cultura Económica, México, 1952b, p. 250-300
MACARIO, S. P. (1952c). Teoría positiva del institucionalismo (segunda parte). El Trimestre Económico, 19(3), Fondo de Cultura Económica, México, 1952c, p. 481-509
MACARIO, S. Proteccionism and Industrialization in Latin America, Economic Bulletin for Latin America, 9(I), p. 61-101. Santiado/Chile, 1964.
MALLORQUÍN, C. Breve historia del espíritu del desarrollo latinoamericano. México: Colófon, 2019.
MCCORMICK, K. Veblen and the New Growth Theory: Community as the Source of Capital’s Productivity, Review of Social Economy, 60(2), Oxfordshire, p. 263-277, 2002.
O’HARA, P. A. The Contemporary Relevance of Thorstein Veblen’s Institutional-Evolutionary Political Economy, History of Economics Review, 35:1, London, 2002. p. 78-103
PREBISCH, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais. In: BIELSCHOWSKY, Ricardo (org.). Cinquenta anos de pensamento na Cepal. Rio de Janeiro, São Paulo: Record/Cofecon/Cepal, 2000.
SAMPAIO JR., P. de A. Celso Furtado: Um economista a serviço da nação. In: FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32.ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003, p. 4-10.
STREET, J. The Latin American ‘Structuralists’ and the Institutionalists: Convergence in Development Theory, Journal of Economic Issues 1, (1967), p. 44-62.
STREET, J. The Technological Frontier in Latin America: Creativity and Productivity, Journal of Economic Issues 10, 3 (1976), p. 538-558.
STREET, J. Institutional Reform and Manpower Development in Mexico, Journal of Economic Issues, 17, 1 (1983), p. 17-33.
STREET, J. Development Planning and the International Debt Crisis in Latin America, Journal of Economic Issues, 19, 2 (1985), p. 397-408. STREET, J. The Institutionalist Theory of Economic Development, Journal of Economic Issues, 21, 4
(1987), p. 1861-1887.
STREET, J. Development Planning and the International Debt Crisis in Latin America Crise da dívida da america Latina, Journal of Economic Issues, vol. 19, n. 2 (Jun. 1985), p. 397-408, 1985.
STREET, J.H. & JAMES, D.D (1982) Institutionalism, Structuralism, and Dependency in Latin America, Journal of Economic Issues, vol. 16, n. 3, p. 673-689
SUNKEL, O. (1989) Structuralism, Dependency and Institutionalism: An Exploration of Common Ground and Disparities, Journal of Economic Issues, vol. 23, n. 2, p. 519-533.
SUNKEL, O. Desenvolvimento, subdesenvolvimento, dependência, marginalização e desigualdades espaciais: por um enfoque totalizante. In: BIELSCHOWSKY, R. (Org.). Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Cepal, 2000. v. 2
VEBLEN, T. (1908a) Professor Clark’s economics, Quarterly Journal of Economics, 22, reprinted in The Place of Science in Modern Civilization, New York: B. W. Huebsch (1919).
VEBLEN, T. (1908b) On the nature of capital, part I: the productivity of capital goods, Quarterly Journal of Economics, 22, reprinted in The Place of Science in Modern Civilization, New York: B. W. Huebsch (1919).
VEBLEN, T. (1908c) On the nature of capital, part II: investment, intangible assets, and the pecuniary magnate, Quarterly Journal of Economics, 23, reprinted in The Place of Science in Modern Civilization, New York: B. W. Huebsch (1919).
VEBLEN, T. Imperial Germany and the Industrial Revolution. Kitchener: Batoche Books, (1915a[2003])
VEBLEN, T. The Opportunity of Japan. In: Essays in Our Changing Order, edited by Leon Ardzrooni, p. 248-266. New York: Viking 1915b.
VEBLEN, T. Why is economics not an evolutionary science? Quarterly Journal of Economics, 12(4). 1898, p. 373-397.
VILAÇA JR. A. P.; CONCEIÇÃO, O. A. C. Conexões do pensamento de Celso Furtado com o institucionalismo vebleniano: hábitos, emulação e efeito-demonstração, Nova Economia (UFMG),
v. 31, p. 929-954, 2021.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.