O igualitarismo em Adam Smith

uma interpretação com base na controvérsia entre reconstrução histórica e reconstrução racional

Autores/as

Palabras clave:

Adam Smith, igualitarismo, reconstrução histórica, reconstrução racional, história do pensamento econômico

Resumen

O objetivo central deste artigo é verificar se a nova literatura a respeito da obra de Adam Smith oferece fundamentos ou não para afirmar que o autor foi um igualitarista ou pelo menos se há traços de igualitarismo em sua obra. O procedimento de pesquisa utilizado consiste de análise crítica da literatura internacional, especialmente daquela relacionada à chamada “nova onda de interpretação de Adam Smith” e a seus críticos. Uma grande atenção é atribuída às diferentes abordagens metodológicas das interpretações, caracterizadas pela reconstrução histórica e a reconstrução racional. De fato, há traços igualitaristas em Smith, mas esses não parecem justificar a afirmação de Adam Smith ser igualitarista, pelo menos não o tipo de igualitarismo (mais próximo da tradição marxista) que envolve a igualdade na distribuição da riqueza, mas sim o igualitarismo normativo, de natureza moral.

Biografía del autor/a

João Batista Pamplona, PUC-SP e USCS

Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PEPGEP/PUC-SP) e do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (PPGA/USCS).  Engenheiro Agrônomo, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Ciências Sociais, Pós-doutor em Economia. Email: pamplona@pucsp.br; joao.pamplona@prof.uscs.edu.br

Caio Diniz Alves, PUC-SP

Economista graduado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Citas

BLAUG, Mark. “On the Historiography of Economics”, Journal of the History of Economic Thought, v. 12, n. 1, pp. 27-37, 1990.

BROWN, Vivienne. Reading Adam Smith Discourse: Canonicity, Commerce and Conscience. London: Routledge, 1994.

______. “Mere Inventions of the Imagination: A Survey of Recent Literature on Adam Smith”, Economic and Philosophy, v. 13, pp. 281-312, 1997.

______. “Textuality and the History of Economics: Intention and Meaning”. In: SAMUELS, W. J.; BIDDLE, J. E. & DAVIS, J. B. (org.). A Companion to the History of Economic Thought. Blackwell Publishing, 2003.

BOETTKE, Peter J.; COYNE, Christopher J. & LEESON, Peter T. “Earw(h)ig: I can’t hear you because your ideas are old”, Cambridge Journal of Economics, n. 3, v. 38, pp. 531-544, 2014.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.

CERQUEIRA, Hugo. “Para ler Adam Smith: novas abordagens”, Revista de Filosofia, n. 103, v.32, pp. 181-202, 2005.

DARWALL, Stephen. “Sympathetic Liberalism”, Philosophy & Public Affairs, n. 2, v. 28, pp. 139-164, 1999.

______. “Equal Dignity in Adam Smith”. In: BROWN, Vivienne (ed.). Adam Smith Review. London, New York: Routledge, 2004.

______. “Smith Ambivalence About Honour”. In: BROWN, V. & FLEISCHACKER, S. (org.) The Philosophy of Adam Smith. London: Routledge, 2010.

FLEISCHACKER, Samuel. “Adam Smith on Equality”. In: BERRY, J. (org.). The Oxford Handbook of Adam Smith. Great Britain: Oxford University Press, 2013.

FREEMAN, Alan; CHICK, Victoria & KEVATEKIN, Serap. “Samuelson’s Ghosts: Whig History and the Reinterpretation of Economic Theory”, Cambridge Journal of Economics, n. 3, v. 38, pp. 519-529, 2014.

MARCHEVSKY, Julia Fleider. “A teoria dos quatro estágios em Adam Smith”. In: Anais do Congresso Brasileiro de História Econômica, 12. Niterói: UFF, ABPHE, 2017.

MCLEAN, Iain. Adam Smith, Radical and Egalitarian: An Interpretation for the Twenty-First Century. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2006.

MILGATE, Murray & STIMSON, Shannon C. “The figure of Smith: Dugald Stewart and the propagation of Smithian economics”, The European Journal of The History Economic Thought, n. 3, v. 3, pp. 225-252, 1996.

PEART, Sandra J. & LEVY, David M. The “vanity of the philosopher”: From Equality to Hierarchy in Postclassical Economists. University of Michigan Press, 2005.

RAPHAEL, D. D. The Impartial Spectator: Adam Smith’s Moral Philosophy. Oxford: Clarendon Press, 2007.

RASHID, Salim. “Adam Smith’s rise to fame: a reexamination of the evidence”, The Eighteenth Century, n. 1, v. 23, pp. 64-85, 1982.

RECKTENWALD, Horst Claus. “‘An Adam Smith renaissance anno 1976?’ The bicentenary output – a reappraisal of his scholarship”, Journal of Economic Literature, v. XVI, pp. 56-83, 1978.

ROSENBERG, Nathan. “Adam Smith and the stock of moral capital”, History of Political Economy, n. 1, v. 22, pp. 1-18, 1990.

ROTHSCHILD, Emma. “Adam Smith and conservative economics.”, Economic History Review, n. 1, v. 45, pp. 74-96, 1992.

Publicado

2021-04-28