A tese da estagnação secular e a tendência decrescente da taxa de lucro
uma comparação entre a abordagem ortodoxa e a marxista
DOI:
https://doi.org/10.69585/2595-6892.2024.1091Palavras-chave:
estagnação secular, marginalismo, marxismoResumo
O presente trabalho investiga a tese da estagnação secular sob duas perspectivas econômicas: a teoria ortodoxa e a teoria marxista. Na abordagem ortodoxa, o principal autor analisado é Lawrence Summers, que argumenta que a estagnação secular nos países industriais é decorrência de uma taxa de juros real de equilíbrio no pleno emprego negativa; enquanto que, na abordagem marxista, o principal autor analisado é Eleutério Prado, que argumenta que a estagnação secular nos países industriais é decorrência da tendência decrescente da taxa de lucro. Argumenta-se que a abordagem ortodoxa é não só o reconhecimento atual de um problema já apontado pela teoria marxista, mas também que a sua análise é incapaz de identificar corretamente a causa do fenômeno e, por conseguinte, de dar a ele uma resposta efetiva e duradoura.
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